Ao Som da Chuva

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Outubro 06 2010
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Outubro 06 2010

 

 

publicado por DN às 12:13

Outubro 04 2010

 

´Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar.

 

Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.

 

E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordeiramente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.

 

Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer: aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um Deus qualquer que nos dê força e serenidade.

 

Pensar que o tempo está a nosso favor, que a vontade de mudar é sempre mais forte, que o destino e as circunstâncias se encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.

 

Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar.

 

No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito.

 

Somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.

 

Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo a baixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda-fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.

 

Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir.

 

E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.

 

Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira.

 

Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer.´

 


Outubro 03 2010

Quantas vezes fechei os olhos para não me veres sorrir, quantas outras para não me veres chorar, porque ao olhar os meus olhos não mentem. Diriam tudo o que não queria. Tudo aquilo que escondo.
Sou feita de tudo o que fui, tudo o que vi e tudo o que dei, sou feita tanto de ti como de todas pessoas que amei… das batalhas que perdi, das guerras que ganhei, dos sonhos que procuro em ti, de todos os que realizei… das horas paradas no tempo que vejo passar e devagar, dos silêncios, dos medos, das palavras que não escrevi e não disse e dos gestos que nunca invejei.
Sou feita da vida que passa, da que vivi, da que partilhei.
Sou feita das vidas de mil vidas que passam por quem passa e que deixam rastos em mim, sou feita de mil pedaços, de dores, de gritos e de abraços, sou feita de mistério e magia, feita de luzes e de noite sombria, sou feita de ti, de pedaços do mundo, de viagens que esqueço, dos nós, que desfiz, sou feita de bruma, de pestanas escuras, que me escondem de ti.

 

 

in http://divagandopelalua.blogspot.com/

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