Estou totalmente pelo avesso.
Não sei se assim me faço verdade
ou fujo do tempo que não me espera mais.
Penso que às vezes é preciso saltar no escuro
para não dizer depois que a estrada passou e os pés não a seguiram.
Como dói a expectativa do tempo que não vivemos:
há o medo da volta, o cheiro do mistério,
esse pisar em sensações tão intensas e incertas...
Quem dera fechar os olhos e vislumbrar
todas as chaves na sequência que inventamos.
Mas os indícios não revelam onde a ave irá pousar.
De certo mesmo, só o momento em que a ousadia consentiu em voar. Basilina Pereira